terça-feira, 13 de dezembro de 2016

poema salobre

olho o mar
taciturno

que dizer
diante de ondas
e espuma?
sobre areia
e saudade?

o mar não basta

embaixo deste chapéu de sol
vermelhecido de inverno
não me basta
qualquer sopro de maresia

o mar não basta

é preciso qualquer coisa
que o afronte
que defronte àquele infinito azulado
irrompa algo que me assombre

um temor
um tremor
um calor
um clamor
um amor
salgado

que o mar
só basta
contigo
comigo
comungando
o ato salobre
do amar

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