domingo, 22 de maio de 2016

já dizia lênin

a vida sorri
a passos largos

me encanta
me nina

mesmo que eu saiba ser necessário
derrubar um presidente

há um cantarolar
em meu ouvido
um olho atento
à minha mão
às minhas cores

que me prende
em suspiros
num sono
inconsequente
delinquente
quase quente

(sim eu sei
a luta de classes
todas as opressões
este mundo injusto pra mudar

mas de repente
penso que viver seja
uma aventura dialética

com uma mão
mudamos o mundo
velozmente urgentemente

com a outra
o aceitamos
em cada instante dolente
em cada delícia quente)

sábado, 7 de maio de 2016

poema nu

meu corpo nu
tarde da minha vida

 o sol na pele
o sal na boca
o suor na cama
(existência retorcida
e falha
e talhada de dores)

 meu corpo luta
tarda mas não 

 falha
(talha
na vida ardida
uma espiral de sucedimentos
- a história)

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