terça-feira, 24 de julho de 2012

poema no. 280

a baixada santista
quando vista da serra do mar à noite
é escura

a despeito de suas luzes e as de seus carros
a despeito das chamas da refinaria da petrobrás em cubatão
ou das lâmpadas acesas da usiminas que precisa ter operários produzindo toda a noite
mesmo dos altos postes que iluminam a praia para que não cesse o banho dos banhistas e se assemelham a discos voadores (se vistos sem óculos)
ou dos neons acesos nos clubes da ilha porchat
ou faróis que avisam os navios onde há terra
ou dos navios que navegam acesos pela baixada (sobretudo se farão cruzeiros)
a despeito das tevês todas ligadas
a despeito das lanternas dos guardas no CDP de praia grande
ou das lâmpadas sempre acesas no corredor da casa do adolescente
ou das fogueiras que ocorrem no inverno no centro de santos e ao longo da via expressa sul

a baixada santista
quando vista da serra do mar à noite
ou mesmo de dia
é escura

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