segunda-feira, 25 de junho de 2012

poema no.271

acontece
companheiras
que sou machista

lutar contra o que sou
contra o que sempre fui
(e talvez
a despeito de nossa luta e de meu desejo
contra o que eu sempre seja)
é a luta a que não posso me negar lutar

não posso porque alguns fronts só eu os alcanço

e então
quando diante de todos e todas ou tod@s
surge aquela piada aquele escárnio aquele olhar de quem pode sobre quem não pode
é que estou perdendo

(mesmo que diante do garçom
me recuse a aceitar a conta)

(não é de retórica a nossa luta
é de verdade)

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