sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

carta introdutória

amanhã eu fui agora

não esperei o tempo da vida
      o tempo que se desenrola pouco a pouco (dia a dia
mês a mês ano após ano o tempo da vida
segue me enterrando)
é pouco pra tudo o que quero
                           como ater toda a alegria que não se tem?
a têm os os palhaços? os tecnocratas?
                            a têm as prostitutas enquanto são preenchidas por gerentes?
a alegria, mesmo, é muito pouco pra quem espera a vida
                                                                 segundo a segundo
cansado de ver sempre o mesmo escuro prosaico
                        é preciso
mais que alegria quando toda a dor do mundo mora em seu peito e quer fugir.
fui amanhã ao teu agora e ele estará errado.
                                                                 ontem irei ao contrário.

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