sábado, 25 de dezembro de 2010

Quadro vivo

Sala Vermelha, 2001, Sarah Dobai

     Muita gente, em meados do séc. XIX, quando do surgimento da fotografia, imaginou o fim da pintura. Isso não ocorreu porque meios diferentes têm potências diferentes e produzem efeitos diferentes. Ambos seguiram necessários.

     Posteriormente, surge a discussão, já abordada aqui no Esboço, do caráter artístico da fotografia. Discussão que, pelo menos no meio acadêmico e/ou artístico já não faz sentido.



    
Insônia, 1994, Jeff Wall

     Pois bem, a fotografia contemporânea se apropria dessas questões e produz um tipo de fotografia que vem sendo chamada de "quadro vivo". Nele, a foto possui uma narrativa que se encerra em si mesma.

     É claro que a fotografia social, ou documental, também possui uma narrativa. Porém, no "quadro vivo", ela é o objetivo primeiro e é buscada. Há um preparo para a fotografia. Geralmente atores e/ou modelos compõem uma cena coreografada de modo a que o espectador possa reconhecer a "estória" que é "contada".

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