sábado, 23 de outubro de 2010

Poema no. 10

Revoluções ainda hão de acontecer.

O país – o mundo – carece de revoluções.
tudo
tudo está tão parado.

os famintos estão parados
os miseráveis estão parados
os desgraçados estão parados

e os ricos estão tão felizes
e as tevês estão tão felizes
e os jornais estão tão felizes
e a classe média está tão feliz
(e nem sabe por quê)

Quando os que precisam se libertarem desta ditadura capitalista
quando os que precisam se libertarem desta ditadura
de folhetins
de publicidade
de “Yes we can”

não precisarão mais de cristos, ernestos, ho chi mins
porque juntos (e sozinhos) todos eles nos derrotarão

e hão de expor nossas cabeças em estandartes
ao longo da Av. Brasil.

2 comentários:

  1. Adoro seus poemas e esse em especial. Mas o melhor mesmo e te ter ao meu lado. Não é fácil fugir a regra. Juntos fazemos uma revolução a cada dia.

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  2. Muito bom o poema.
    Me lembrou uma frase do velho trótsky..
    " Todas as revoluções são impossíveis, até que se tornem inevitáveis."
    O vermelho ainda há de pintar as ruas!
    Tami

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